Piadas não envelhecem

Com brincadeiras e trapalhadas que remetiam à sua trajetória circense, piadas que equilibravam o duplo sentido e lembravam o estilo dos Trapalhões, Dedé Santana lotou o Teatro Sesi Mariana, com o Show do Dedé, na tarde do último sábado.

Mágicas, malabares e muitos micos

“Crianças na frente, adultos para trás, por favor”. O pedido do palhaço Sufoco deixa claro que o show é destinado ao público infantil.

Palhaçada Musical

A música virou palhaçada na Praça Gomes Freire (Jardim), no sábado (30).

Plateia afinada no show de Xisto Siman e Banda

A segunda noite (sexta, dia 29) do “Circovolante – 3° Encontro de Palhaços” terminou com o show de Xisto Siman e Banda.

Brasil + Argentina = muita gargalhada

A última noite do "Circovolante - 3º Encontro de Palhaços" (01/05) contou com grande presença do público na Praça da Sé, para o animado espetáculo do Circo VE, que durou cerca de uma hora.

domingo, 12 de junho de 2011

Um parênteses do mundo

Crônica
A magia do circo nos remete a algo incrível, nos fazendo viajar na alegria dos palhaços, nas acrobacias dos malabares e na beleza das cores.

É muito bom ver o circo. A gente ia muito quando era miudinho, onde tudo é mágico, tem luz, cor e movimento. Em que a magia gira em torno do mundo e contagia todas as pessoas. Quando só o que importa é a pipoca quentinha e o algodão doce leve como nuvem. O circo é como ressurgir da nossa criança interior que fica surpreendida com as coisas simples e puras. Apesar do clichê de que o circo já não encanta como antigamente, o "Circovolante - 3º Encontro de Palhaços" veio derrubar essa idéia, espalhando magia e encantando o público. O encontro, realizado em Mariana pela companhia circense Circovolante, trouxe a todos que assistiram à seus inúmeros espetáculos a velha sensação de serem sempre crianças e estar sempre sorrindo. O sorriso espontâneo e sincero que andava sumido dos lábios das pessoas ressurgiu grandioso graças à magia do circo.

Os espetáculos foram um capítulo à parte, recheados de alegria, palhaçadas e arrancando muitas gargalhadas do público. As crianças eram encantamento puro, deslumbradas num paraíso chamado Circo que parecia um espaço pequeno demais para tanta alegria, luzes e brilho. O coração de cada pequenino estava acelerado pela expectativa, e apertavam a mão dos pais com força, como se pudessem adiantar o relógio com esse movimento.

Nesse período, aqui, havia um parênteses do mundo: um pequeno espaço onde o que prevalecia era a felicidade.

por: Thaís Moreira
(aluna do primeiro período do curso de Comunicação Social - Jornalismo, como exercício da disciplina "Introdução ao Jornalismo")

Prato cheio para todas as idades

Bom Apetite satisfaz crianças e adultos na abertura do "Circovolante - 3º Encontro de Palhaços" em Mariana

Com uma música típica de circo capaz de causar nostalgia nos mais velhos presentes na Praça da Sé, o palhaço Pepe Nuñez emerge em meio à multidão. Com um figurino simples, carregando apenas uma maleta vermelha, ele surge balançando seu enorme guarda chuva com uma garrafa d'água na ponta e passa entre a plateia presente molhando todos ao seu redor.

Dono de um sotaque espanhol engraçadíssimo, vai pedindo licença e abrindo caminho. Nas três primeiras filas estão dezenas de crianças, ansiosas para o palhaço se aproximar, afinal, é a abertura do "Circovolante - 3º Encontro de Palhaços", que ocorreu entre os dias 28 de abril e 1º de maio.

O palhaço, com toda sua bagagem e experiência de quem nasceu no picadeiro, mescla truques de mágica com apresentações musicais, malabares e comicidade. Contando com a ajuda da plateia, escolhe crianças, pais e jovens para ajudá-lo nos truques.

A excentricidade e o bom humor do palhaço vão conquistando o público, a ponto de chegar ao final com um coro das crianças pedindo "bis".

Mas não são só as crianças que se maravilham com as peripécias dos palhaços e as alegrias trazidas pelo Encontro. A comerciante Gislene, que foi chamada por Pepe Nuñez para participar do espetáculo, adorou a experiência. Segundo ela, "é normal acontecer eventos deste gênero na cidade, a praça fica sempre cheia."

Dona Lourdes, nascida em Itabira, mas moradora de Mariana, lembra que a cidade possui grande população carente. Para ela, atividades como apresentações de palhaços e peças teatrais ajudam na criação das crianças.

por: Giuseppe Rindoni, Thaís Moreira e Thiago Huszar
(alunos do primeiro período do curso de Comunicação Social - Jornalismo, como exercício da disciplina "Introdução ao Jornalismo")

Encontro de Palhaços leva a magia do circo à Mariana

Durante quatro dias, Mariana foi tomada pela magia do picadeiro com o “Circovolante – 3º Encontro de Palhaços”, um evento de cultura viva que trouxe mais de 50 artistas à cidade e homenageou Dedé Santana e Moisés – o Rei do Pedal. A tradicional arte de fazer rir teve espaço garantido. O público, principalmente formado por crianças, aproveitou as mais de 20 atrações, entre shows musicais e espetáculos circenses, que abrilhantaram o evento.

“Acho que trazer as crianças em eventos como esse, que mostram o lúdico e a interação do circo, é muito importante para a infância e o desenvolvimento delas”, disse a mãe de Dante, um garotinho de seis anos. Assim como ele, centenas de crianças se esbaldaram durante as apresentações da Praça Gomes Freire (Jardim) na tarde de domingo, último dia do evento, que foi marcado pela deliciosa interação entre a comunidade e a arte do circo.

por Dayane do Carmo Barretos, Luciana Amorim e Pedro
(alunos do primeiro período do curso de Comunicação Social - Jornalismo, como exercício da disciplina "Introdução ao Jornalismo")

Palhaçadas transbordam as ruas de pedra de Mariana

O "Circovolante - 3ª Encontro de Palhaços" aconteceu entre os dias 28 de abril e 01 de maio, entre as ruas de pedra da cidade de Mariana. O evento este ano homenageou Dedé Santana, membro do antigo grupo humorístico Os Trapalhões, e o performático Moisés, o Rei do Pedal, que se apresentaram durante os dias do evento.

No primeiro dia, a festança começou com o espetáculo Samba no Pé-de-moleque, um cortejo que uniu músicas populares às artes circenses. Resgatando antigas sambas-de-roda, cirandas, maracatus, e combinando-os com a magia dos malabares, pernas-de-pau e espalhafatosos narizes vermelhos, o espetáculo divertiu pessoas de todas as idades, além de despertar um sentimento nostálgico nos curiosos mais velhos.

Em seguida, houve a apresentação do palhaço espanhol Pepe Nuñez, da Cia. Pé de Vento. No espetáculo Bom Apetite, o artista, que mora em Florianópolis, divertiu centenas de crianças e adultos com suas brincadeiras.

Para finalizar, houve um show da banda Acúrdigos, tocando grandes sucessos da MPB, que iam de Tim Maia a Sérgio Mendes.

Nos outros dias, diversos espetáculos circenses, como números de mágica, shows e encontros informais entre artistas e comunidade, ofereceram alegria à comunidade marianense e desafiaram o clichê de que “o circo está morrendo”.

Veja galeria de fotos:
http://www.flickr.com//photos/circovolante/sets/72157626510557493/show/


por: João Gabriel Nani, João Victor Criscolo, Osmas Lopes, Pablo Heleno, Pedro Gomes, Tiago Rangel e Yan Ribeiro
(alunos do primeiro período do curso de Comunicação Social - Jornalismo, como exercício da disciplina "Introdução ao Jornalismo")

A diversão no banco do carona

Imagine um guarda de trânsito que não respeita as leis e tem um fim um tanto quanto previsível para quem o faz: a morte. Acalme-se, não se trata de mais um acidente de trânsito. Este é o enredo do espetáculo educativo O Carrinho do Palhaço Furreca (foto acima), que foi apresentado no dia 29 de abril, na Praça Dr. Gomes Freire (Jardim), em Mariana. A peça é o primeiro espetáculo solo do palhaço – interpretado pelo ator Eduardo Dias Ramagnoli – e contou com a presença de crianças de escolas municipais, estaduais, particulares e dos próprios moradores da cidade.

A representação teatral educativa tem por base conscientizar as pessoas sobre a conduta de pedestres e motoristas no trânsito, com muita interação com a plateia. Quando o palhaço apresenta o seu carrinho vermelho, ele se transforma, envolvendo-se em brigas, paquerando e transgredindo as leis de trânsito até parar em uma linha de trem. Sem perder o tom cômico, até mesmo a morte do personagem é mostrada de uma forma um tanto quanto divertida e recheada de efeitos sonoros.


Para a professora Ana Claudia, da Escola Estadual Doutor Gomes Freire, a peça induz os alunos a aprender um pouco sobre a educação no trânsito. Salienta também a importância de levar um pouco de distração a algumas crianças que passam por grandes dificuldades, como problemas no âmbito familiar.

Essa e outras peças foram apresentadas durante o "Circovolante - 3º Encontro de Palhaços", que ocorreu na cidade entre os dias 28/04 e 01/05, realizado pelo Circovolante, que atua desde 2000 difundindo a cultura popular e as práticas circenses na cidade de Mariana e em todo o Brasil. O Encontro contou com a presença de artistas nacionais e internacionais que agitaram a cidade nos quatro dias do evento, sempre com sucesso de público e garantia de espetáculos divertidos e inteligentes.

Entrevista com o artista

"Palhaço para mim é um Herói"

Eduardo Dias Romagnoli, morador da cidade de Mariana, formado em História, e em Artes Cênicas em 1998, pela Universidade Federal de Ouro Preto, é o ator que dá vida ao Palhaço Furreca, que apresentou o seu primeiro espetáculo solo no “Circovolante - 3º Encontro de Palhaços”, O Carrinho.

Em entrevista, Eduardo conta que a vontade de ser palhaço surgiu após alguns trabalhos realizados com o Circovolante, que conhece desde a sua chegada a Mariana, na época em que cursava História. Aproveitou a sua experiência como ator, deu continuidade a esse trabalho, atuou nas primeiras montagens e dedicou-se mais a comédia.

Em relação às crianças, diz que percebe a euforia e a alegria delas ao verem o seu personagem, que trabalha muito com a fantasia, os jogos, e as brincadeiras infantis. Já teve outros contatos com o público infantil, mas somente como ator, desempenhando o papel da vilã Dona Filomena, que, ao contrário do seu atual personagem, era temida pelas crianças.

Eduardo ressalta que o Encontro de Palhaços serve como estímulo e é muito importante para enriquecer o trabalho na região com todos os artistas que tentam se envolver. Para ele, o encontro vem suprir a necessidade de vir palhaços à cidade e dessa linguagem que o circo proporciona: “Palhaço para mim é a parte teatral do circo”, afirma o ator.

Por sempre querer lidar com a praticidade, optou pelo teatro, que supriu essa sua necessidade. Mas nem sempre teve o apoio familiar nessa sua decisão. Conta que, até os dias de hoje, a sua mãe lhe pergunta quando é que ele vai arrumar um serviço. Em contrapartida, recebe apoio de sua esposa que sempre o ajudou e nunca viu problema nenhum em relação a sua profissão. Inclusive o seu filho Francisco, de três anos, se apresenta juntamente com ele em alguns espetáculos.

No final da entrevista ao ser perguntado o que é ser palhaço para ele, Eduardo responde: ”Palhaço para mim é um Herói, é trazer a alegria, pois apesar de ter uma imagem de perdedor, derrotado, o personagem nos traz o amor, nos tempos de guerra e violência”. Admite que não foi por questões financeiras que escolheu essa área de atuação, e que sua maior recompensa é a satisfação do público, o riso, e ver as pessoas felizes. O ator se diz ser muito satisfeito por ter um contato maior com as pessoas, vendo as transformações que é capaz de fazer através da alegria que as proporciona e fica muito grato com a aprovação do público ao seu trabalho.

por Bruna Fontes, Caroline Souza, Cristiano Gomes, Kaio Barreto e Rosiane Silveira
(alunos do primeiro período do curso de Comunicação Social - Jornalismo, como exercício da disciplina "Introdução ao Jornalismo")

Palhaçadas por dois palhaços argentinos

O "Circovolante - 3º Encontro de Palhaços" reuniu no último mês artistas de diversas partes da América Latina, em quatro dias de espetáculos nas várias praças e ruas da cidade de Mariana. Entrevistamos dois artistas do evento: os palhaços argentinos, Martin e Fidel (foto acima: Naty Torres). Os dois, constantemente em dupla, responderam em conjunto.

Como era a vida de vocês antes de virarem palhaços? O que vocês faziam?
Não entendo o objetivo da pergunta, porque na verdade eu não sei exatamente qual foi o momento exato em que eu comecei a ser um palhaço. Acontece que lá em Buenos Aires nós temos um espaço cultural que apareceu dentro de um grupo de amigos, então acho que foi nesse espaço que saiu o espetáculo e nós começamos a fazer esse trabalho. Porque também, o "ser palhaço" é difícil de definir. É fácil para você dizer "aquela pessoa é um palhaço", mas chega uma hora também em que você tem que assumir uma identidade: "Eu sou um palhaço". Como você preencher um cartão de embarque, "Profissão". Eu não sei o que colocar ali. Então é difícil responder o que eu era exatamente antes de ser um palhaço. Posso falar que já trabalhei com música, televisão, já fui office-boy, já trabalhei numa lavanderia, por aí vai.

Então você entrou pra essa profissão através de um grupo de amigos?
A gente formou um grupo cultural onde não éramos palhaços, estritamente, mas também fazíamos música, fotografia, cinema... Depois começaram a aparecer as artes cênicas, como malabares. E aí começamos a fazer apresentações, sem uma idéia muito de palhaços, mas fazendo apresentações circenses, e essa figura começou a tomar uma forma. A gente começou a conhecer e a trabalhar com outros palhaços, com outros artistas.

E como é a vida de vocês agora?
É uma pergunta difícil de responder. A nossa vida é igual a de todo mundo. Primeiro porque nós somos pessoas, moramos em uma casa. Viajamos muito, mas no geral temos uma vida normal. Ao invés de estar em uma loja vendendo sapatos, a gente está fazendo uma apresentação de circo na rua.

Vocês viajam muito. É complicado conciliar família e o trabalho de vocês?
É, é complicado. Nós quase que somos obrigados a viajar, porque o circo de palhaços é itinerante. Mas nós nos consideramos trabalhadores. É o nosso trabalho, assim como o vendedor de sapatos. Cada um tem suas características. A nossa é viajar muito. Mas vender sapatos e atuar como palhaço são trabalhos igualmente. Pra melhor ou pra pior. Então eu acho que aí é uma coisa da pessoa. É um trabalho diferente porque você tem que viajar, fazer apresentações, e a pessoa que vende sapatos tem que fazer alguma outra coisa. Mas, para completar, sim, é difícil conciliar família. Sobretudo por ter de viajar, essa questão do trabalho itinerante. Tem que tomar cuidado, é uma linha complicada. Você não pode se afastar muito, mas não pode deixar de trabalhar.

Alguma vez você se sentiu falhando, teve que interromper a apresentação?
Sim, muitas vezes.

O palhaço de rua mantém alguma semelhança com o palhaço de circo?
Sim, claro. A estrutura interna do ator é a mesma, é a estrutura do espetáculo que é diferente. Na rua você improvisa mais, você pode ver um cachorro passando e fazer alguma piada com o cachorro, o que não acontece no circo. A apresentação é diferente, mas o palhaço não muda.

O que vocês mais gostam no seu trabalho?
A grana (risos). Quer dizer, a possibilidade da grana, porque isso a gente não tem. Mas eu nunca pensei sobre essa questão. Às vezes você não tem muito tempo pra pensar no que você mais gosta. Se você é, você é. Seria como perguntar a um pássaro o que ele gosta mais em ser pássaro. Você é pássaro. Tem coisas ruins e tem coisas boas, imagino. Não dá pra dizer exatamente. Eu gosto, por exemplo, de chegar aqui e me encontrar com o Xisto, que a última vez que o vi foi ano passado em Porto Alegre. É uma alegria, mas é só isso.

Como é o lado cotidiano? A vida fora do palco?
Eu não consigo ser palhaço todo dia. É um momento especial quando visto a roupa e os sapatos. Mas é muito diferente da vida cotidiana. É uma espécie de esquizofrenia. Você tem duas personalidades conflitantes. Quando você entra para atuar como palhaço, a personalidade escondida se mostra, e você vira outra pessoa. E é interessante, porque as pessoas acham que você é sempre assim, elas não enxergam essa outra personalidade, a cotidiana.

por Ana Rafaela da Silva, Caroline Simões, Gabriel Koritzky, Gisela Cardoso e Hiago Castro
(alunos do primeiro período do curso de Comunicação Social - Jornalismo, como exercício da disciplina "Introdução ao Jornalismo")

Os risos de Mariana

Entre os dias 28 de abril e 1º de maio, a população de Mariana e municípios vizinhos pôde prestigiar o "Circovolante - 3º Encontro de Palhaços". O evento, realizado pelo Circovolante, contou com a presença de dezenas de palhaços do Brasil e do mundo distribuídos em mais de 20 apresentações, em sua maior parte gratuitas, visando uma maior aproximação da comunidade com a arte circense.

Xisto Siman, idealizador do projeto junto com João Pinheiro (foto à direita), afirmou que este Encontro surgiu após a percepção de uma necessidade maior da interação da população com os artistas, tendo em vista que os outros encontros que já haviam participado eram restritos apenas à troca de conhecimentos entre palhaços participantes. “Os artistas trabalham muito e acabam que não têm tempo de um ver o trabalho do outro. E os encontros são exatamente para isso, para as pessoas se conhecerem através do reconhecimento”, disse Xisto.

O ponto alto do evento foi a participação do humorista Dedé Santana (foto à direita), que fez três apresentações, lotando por duas vezes a Praça da Sé e também o Teatro SESI. Dedé, que foi homenageado na noite de 29 de abril, dia em que completou 75 anos, mostrou-se muito emocionado. “Por isso eu larguei a minha família no dia do meu aniversário, por que foi uma homenagem do circo para mim. Aí eu fico feliz”, disse o trapalhão. Ele também demonstrou grande comoção com a receptividade da população marianense, “Eu esperava ser bem recebido, mas não tão bem quanto eu fui aqui. Superou muito a minha expectativa”, concluiu.

O evento foi sucesso de público durante todas as apresentações. Superou as estimativas dos participantes e organizadores e deixou boas lembranças e gargalhadas pelas históricas ruas de Mariana.



por: Fernanda Guimarães, Marcelo Camargos, Maria Fernanda Pulici, Mayara Azevedo, Mayra Silva e Thais Corrêa.
vídeo: Bruna Lapa,
Danielle Diehl, Flávia Firmo, Flávia Gobato, Janderson Coimbra, Kênia Marcília, Lara Braga, Laura Vasconcelos, Patrícia Souza, Pedro Grammont, Rosana Freitas, Talita Figueiredo, Tatiana Ibrahim e Viviane Ferreira.
(alunos do primeiro período do curso de Comunicação Social - Jornalismo, como exercício da disciplina "Introdução ao Jornalismo")

segunda-feira, 2 de maio de 2011

3º Encontro de Palhaços agrada público e surpreende homenageados

Após quatro dias de espetáculos, música e muitas risadas, Mariana se despede do “Circovolante – 3° Encontro de Palhaços”. O evento atraiu turistas de diversas regiões do país. Foi o caso da funcionária pública Lisane Berlato, que veio de Porto Alegre (RS) com as filhas. “Já me programei há três meses para vir (ao encontro)”, contou, completando sobre a importância evento. “É importante para a manutenção da cultura. Se não tiver eventos como este, essa história vai se perdendo. Assim, dá visibilidade e incentiva as pessoas”.

O encontro divertiu a todos, não só crianças, mas também adultos, como o mecânico Ricardo de Sousa Menezes Filho. “Eu não tive a mesma oportunidade e fico muito feliz que meu filho tenha. É muito bom saber que uma cidade como Mariana é capaz de trazer pessoas tão importantes paro circo, como o Dedé (Santana). Além disso, não são só as crianças se divertem. Nós, os pais, também nos divertimos muito”, garantiu.

Um dos organizadores do evento e integrante do Circovolante, João Pinheiro (foto à direita), fez um balanço do evento e comentou sobre a relação com público. “Sobre esses quatro dias tivemos um balanço positivo. No sentido de estrutura, de qualidade e principalmente, daqueles que nunca nos abandonam: o público.”

Pinheiro falou ainda sobre a relação do evento com a cidade de Mariana. “Creio que os artistas que vieram hoje ficaram muito impressionados com o evento, e a gente fica muito feliz com isso, porque são artistas que rodam o mundo inteiro, que fazem encontros internacionais de um nível altíssimo, que vão a Europa, e eles chegam aqui e falam: ‘poxa vida, essa energia que tem aqui eu não me lembro de ter encontrado em muitos lugares em que fui’”.

Homenageados

Um dos homenageados no encontro deste ano, Moisés, o Rei do Pedal (foto à esquerda), falou sobre a importância da homenagem e sua relação com o público marianense. “Não tenho nem palavras pra descrever o que foi ser o homenageado, foi algo de extrema importância pra mim ver minha carreira reconhecida, ver o carinho tanto dos artistas quanto do público, foi algo único na minha vida.” E completa: “além de todo o brilho no rosto daquelas crianças, que não tem prefeitura, estado, não tem dinheiro qualquer nesse mundo que pague.”

Homenageado na noite de sexta-feira (29/04), dia de seu aniversário de 75 anos, Dedé Santana (foto à direita) relatou suas impressões sobre a cidade. “Quando falaram que era uma homenagem de palhaço de circo eu fiz questão de aparecer. E foi bom porque fiquei encantado com a cidade, não conhecia, cheguei aqui ao lado, e não conhecia Mariana. Agora estou muito feliz. Igual aqui nunca aconteceu, aqui foi realmente fora do sério!”, disse o eterno Trapalhão.

reportagem e edição: Ana Cláudia Garcêz.
colaboração: Janaína Oliveira, Samuel Perpétuo, Thainá Cunha

A melhor ginástica

Para aqueles que pensam em manter a boa forma de um jeito extremo aí vai uma dica: entre para o circo! É claro que se exige muito mais de um palhaço, mas a fórmula faz sentido. Os treinamentos teatrais, por exemplo, ajudam os palhaços a gastarem muitas calorias.


A maioria dos artistas que participou do "Circovolante - 3º Encontro de Palhaços" não faz nenhuma dieta específica, muitos até não se preocupam tanto com isso. “Eu como de tudo, é um prazer bom que pode se levar da vida”, diz Xisto Siman, um dos organizadores do evento. Porém, quem pensa que ele não possui um condicionamento físico, aí vai: “só na preparação do Encontro de Palhaços do carnaval eu perdi 5 quilos.”

Outro que também não segue uma rotina de exercícios, mas que “malha” através do circo é João Pinheiro, outro idealizador deste encontro. “Se eu tenho cinco espetáculos essa semana, tenho que andar de monociclo, rodar malabares, entre outras coisas. Isso requer um condicionamento físico permanente.”

A preparação do artista circense está focada em sua desenvoltura para se expressar por meio do corpo. “A gente faz exercícios teatrais para aquecimento, porque o instrumento do cara que toca violão, é o violão, o do guitarrista, é a guitarra. O nosso instrumento é o corpo. Então, se o nosso corpo não estiver afinado como um instrumento musical qualquer, a gente desafina na hora de atuar.” Assim, descreve o palhaço Alzhy Minu (à direita na foto ao lado, por Mariana Borba), da Companhia Gesamtkunstwerk, e que provou estar afinadíssimo na hora do espetáculo.


por Bruna Sudário, Mariana Borba e Nathália Viegas
editora: Camila Maia

As promessas mirins

Quem vê um menino bem pequeno, vestindo bermudas xadrez igualzinho ao seu pai, nem imagina a potencialidade de seu talento. É da forma mais natural que Francisco Dias, filho do Palhaço Furreca (Eduardo Dias Romagnoli, na foto acima) conquista a plateia. Ele participou da homenagem ao Déde Santana ao lado da Marina Diniz e da Iolanda Gallo Mendes de Santana.

Marina, filha de um dos organizadores do evento, João Pinheiro, começou a dar as caras nos espetáculos aos dois anos, a mesma idade que Francisco deu início ao seu “trabalho”, como ele mesmo diz. Ela, hoje com seis anos, participa esporadicamente das apresentações. Já Iolanda, filha do músico Paulo Roberto Mendes de Santana, iniciou suas apresentações quando tinha apenas quatro anos de idade.

O que mais chama atenção nessas crianças é a naturalidade com que lidam com o circo. Não só por já viverem nesse meio, mas por terem uma paixão pelo ambiente circense. Além de gostar de participar dos ensaios, Marina não sente vergonha na hora da apresentação. Na verdade, o que gosta mesmo é de ouvir os aplausos do público. Iolanda revela a mesma sensação, afinal ela adora ser vista por um grande número de pessoas. Já Francisco também gosta muito de ser visto por todos em cima do palco e adora jogar malabares.

Marina já frequenta a escola desde os dois anos de idade, mas a regra é bem clara na hora de conciliar os espetáculos aos estudos: “Ela nunca deixa de faltar aula pra ensaiar ou, até mesmo, pra apresentar” diz a mãe da menina, Silvany Diniz, que se mostra bastante responsável quanto a isso. Iolanda também vai a escola e as apresentações nunca atrapalharam seus estudos. Ela passa por vários ensaios antes dos espetáculos, porém todos fora do horário da aula. A garota de seis anos nos contou que o que mais gostou de fazer foi participar da homenagem ao Dedé Santana e demonstrou ser uma grande fã: “ Eu assisto os Trapalhões desde 1 ano de idade” disse a pequena.

O que é certo é a vontade dos três em se tornar parte do cenário artístico. Quando perguntados se queriam seguir carreira no circo, Marina responde com um sorriso bem grande que quer ser palhaça igual ao pai e Iolanda revela com entusiasmo que sonha em ser trapezista. Já Francisco surpreende com sua resposta: “Eu já sou palhaço, sou o Palhaço Lambreta!”, diz uma das estrelinhas do circo.


por Bruna Sudário, Mariana Borba e Nathália Viegas
editora: Camila Maia

Vamos todos cirandar!

Com muita música, alegria, palhaçadas e a forte presença do público, o "Circovolante - 3o Encontro de Palhaços" foi encerrado domingo (01/05), com o Encontro de Bandas que fez o público dançar e voltar à infância, brincando de ciranda, na Praça da Sé.

Participaram a banda Osquindô e o Conjunto Dangler, de Mariana, e os idealizadores do Encontro de Palhaços, João Pinheiro e Xisto Siman. Durante uma hora, o público foi embalado pela mistura de sons que deram mais ânimo e alegria para o encerramento do evento.

Para a estudante Daíse de Felippe, a bricadeira de ciranda fez com que relembrasse dos tempos de menina. “Foi bom porque o público interagiu com a ciranda, coisa que eu não via desde criança, e foi uma forma de fechar o encontro com chave de ouro.”

Numa rápida avaliação sobre o 3ª Encontro de Palhaços, Xisto Siman, um de seus idealizadores, afirmou que, apesar das dificuldades financeiras, o evento superou as expectativas. “O deste ano foi maior, teve mais público, mais turistas, gente de fora que veio especialmente para o encontro que é um evento que movimenta a economia da cidade”, afirmou.

por Lucas Borges, Paula Bamberg e Thiago Lanza
editora: Gersica Moraes

Brasil + Argentina = muita gargalhada

A última noite do "Circovolante - 3º Encontro de Palhaços" (01/05) contou com grande presença do público na Praça da Sé, para o animado espetáculo do Circo VE (foto acima: Naty Torres), que durou cerca de uma hora. A dupla argentina, que se apresentou pela primeira vez em Mariana, abusou de todos os artifícios para arrancar sorrisos da platéia.

Com um espetáculo feito para toda a família, os palhaços Fidel e Martin ousaram com piadas de duplo sentido, malabarismos, cenas improvisadas e de equilibrismo.

Para Martin, o público de Mariana é bem distinto do público de grandes cidades e a diferença de idioma não dificulta o entendimento da plateia. “Nossa apresentação é feita para todas as idades, já que é um espetáculo de rua. É muito importante a interação com o público, que aqui em Mariana é mais família, ao contrário das grandes cidades".

Com relação às diferenças entre os idiomas, Martin afirma que isso acaba ajudando no espetáculo. "O que poderia dificultar, muitas vezes potencializa, por exemplo, uma gíria que seria comum para vocês, com o nosso sotaque acaba ficando mais engraçado”.

A plateia, grande colaboradora do show, elogiou a dupla. O técnico mecânico Roberto de Morais ficou impressionado com o show, mas reclamou do grande número de pessoas, o que prejudicava a visibilidade. “Os palhaços conseguiram prender a atenção tanto das minhas filhas quanto minha e da minha esposa, apesar de dificuldade de enxergar a apresentação.” Ainda antes do fim, como é costume em apresentações de rua, os palhaços passaram o chapéu para depois fazerem um “gran finale” que misturava malabarismo, equilibrismo e fogo (foto à direita).



por Lucas Borges, Paula Bamberg e Thiago Lanza
editora: Gersica Moraes

Show de risos com "Palhaços à vista!"

Na tarde de ontem (01/05), um espetáculo da Cia. Circunstância encheu a praça Gomes Freire de alegria e gargalhadas no Circovolante – 3° Encontro e Palhaços. A companhia trouxe a peça Palhaços à Vista, de Belo Horizonte, e arrancou sorrisos de crianças a idosos que estavam no Jardim de Mariana, com um espetáculo de aproximadamente uma hora de duração, a partir das 15h30.




Palhaços à Vista, principal atração do grupo, teve o roteiro moldado de acordo com o que a companhia passava. Contada por um velho, a trama descreve a história de quatro palhaços que herdam um circo velho e fazem de tudo para seguir com o sonho. Rodeados de gargalhadas e muita alegria, o espetáculo termina com uma história do livro “O Pequeno Príncipe”. Um espectador é convidado a se fazer passar pelo protagonista da história, despertando emoção aos que assistiam à peça.




Com uma apresentação envolvente e números desafiadores, a Cia de Palhaços Circunstância, com quatro atores no elenco, já é veterana no encontro de Mariana. O grupo contou que já passou por muitas dificuldades e que também recebeu inúmeras premiações de seu trabalho, realizado em todo o Estado. Os atores da Circunstância, todos moradores da capital mineira, se conheceram por meio de amigos em uma praça no bairro Buritis, que mais tarde se tornou palco de diversos espetáculos. Em meio ao apoio e incentivo de amigos, Diogo, Evandro, Luciano e Miguel conseguiram montar um pequeno espetáculo na praça. Logo depois começaram a correr atrás de apoio e assim começaram a progredir no projeto.

O engenheiro e morador de Ouro Preto, José Eduardo Silva, que frequenta o Encontro de Palhaços de Mariana há dois anos, apontou o que faz a diferença nos espetáculos da Cia Circunstância: “Um (ator) está em completa sintonia com o outro”, finalizou.







por Gustavo Kirchner
editora: Fádia Calandrini

Mágicas, malabares e muitos micos

“Crianças na frente, adultos para trás, por favor”. O pedido do palhaço Sufoco deixa claro que o show é destinado ao público infantil. O gigante Jequeri, usando pernas de pau, pede para o público dar alguns passos para trás e as irmãs, Ísis, 3 anos, e Gabriela, 4 anos, choram alegando medo de palhaços.

Sufoco, juntamente com Foca, ficam encarregados de apresentar os artistas do Cirko Miko, não sem antes fazerem as suas palhaçadas. Sufoco faz acrobacias simples e pede aplausos. Após a demonstração, Foca e Sufoco apresentam o mágico Cloro para a plateia.

Cloro, com uma flor na boca, faz mágica com argolas. Dá apenas o cabo da flor para uma mulher na plateia e fica com as pétalas. “Foi um privilégio ter sido cortejada por um palhaço. Nunca tinha acontecido isso comigo”, declarou Jucilene, auxiliar de tesouraria, moradora de Mariana. Quando tudo caminhava para o sucesso, o palhaço se enrola com as argolas e sai com elas presas em seu pescoço. Segundo mico da companhia.

Sufoco e Foca retornam à cena. O primeiro imita o mágico Cloro presenteando a plateia com mais alguns truques e anuncia a próxima atração: Jequeri com seus incríveis malabares. O palhaço começa errando o número. Porém, ao começar a música, demonstra uma técnica que deixa crianças e adultos impressionados. “Ele é muito bom. Vou ao circo desde pequeno, quando posso. Esse palhaço tem uma técnica incrível!”, afirma Rafael Pereira, professor de Educação Física, de Mariana.

Foca e Sufoco reaparecem com malabares e demonstram intimidade com a arte. Após a rápida demonstração, apresentam Mercúrio, o jogador de basquete. O “atleta”, porém, demonstra pouca habilidade e apenas gira a bola em seu dedo, errando muito. Mais um mico na conta da companhia.

Delírio

Os apresentadores retornam, puxam palmas e abrem as cortinas para o agora tenista Cloro, que entra em cena pela segunda vez. Puxa uma mala pesada, e tira uma raquete e distribui três bolas de tênis entre as crianças sentadas na frente. Elas jogam para o palhaço rebatê-las mas ele erra todas e "quase acerta" os espectadores mirins. As crianças vão ao delírio em risadas. “Ele é o palhaço mais engraçado que eu já vi!”, afirma Vinícius, 7 anos, em sua primeira experiência com a cultura circense. Para finalizar, Cloro faz um número de extrema dificuldade e passa por entre sua raquete empolgando a todos na plateia e saindo ovacionado do palco.

Foca e Sufoco entram em cena novamente e montam a estrutura da corda bamba (foto à esquerda) para Jequeri entrar no palco como um cego, quase acertando as crianças com sua bengala, causando rebuliço entre o público infantil. Jequeri deita, faz palhaçadas e malabarismos sobre as cordas, com palmas do público que acompanhava o ritmo da música.“A interação com o público é intensa! Não vejo isso em outros lugares”, relata Niksey, artesã peruana.

As crianças vão a loucura quando Foca e Sufoco anunciam que vai haver mais um número. O espetáculo das cadeiradas que mistura dança, acrobacias e equilibrismo com cadeiras. Os palhaços Cloro e Mercurio chegaram a fazer equilibrismo com até cinco cadeiras no queixo; Cloro com duas e Mercurio, com três. Esse número arrancou suspiros da criançada que assistia ao espetáculo assustada com as habilidades dos palhaços em equilibrar cadeiras.

Mas, o ponto alto do número foi quando Cloro e Mercúrio (foto à direita) interagiram com as crianças, chegando a tirar uma delas que estava na plateia para participar do quadro que consistia em imitar os palhaços, primeiramente com passos simples e, depois, com acrobacias elaboradas. O contemplado Carlos, de 8 anos, não conseguiu acompanhar os palhaços, mas mesmo assim não se incomodou. “Adorei ter participado; meu amigo ao lado pediu para ir, mas o palhaço me chamou”.

Os palhaços voltaram e anunciaram o “maior e mais antigo artista do circo”: o chapéu. “Quem gostou pouco coloca um pouco e quem não gostou coloca só R$30 que tá bom”, afirmou Foca, provocando os últimos risos da plateia que curtiu o espetáculo por cerca de uma hora.

Para o artista Catin Nardi, um dos apoiadores do festival, o trabalho dos artistas do Circo Miko é fantástico. Afirmou que eles são excelentes equilibristas e malabaristas e comentou também que participa do Festival desde o primeiro evento. “O grande lance é o movimento que provoca na cidade, a movimentação de pessoas e dos artistas que vêm mostrar suas habilidades em Mariana”.

por Daniela Julio, Daniel Sant'Anna e Carlos Eduardo Graciano
editor: Mateus Fagundes

domingo, 1 de maio de 2011

Palhaçada musical

A música virou palhaçada na Praça Gomes Freire (Jardim), no sábado (30). E os responsáveis por isso foram os integrantes do Teatro Terceira Margem, que apresentaram o espetáculo Fanfalhaça, uma fanfarra de palhaços e palhaças que, em tom de brincadeira, se mostrou afinada com o público.

A banda (foto à esquerda: Naty Torres) saiu tocando assim: Risoto, Espiga, Pequeno e Fuinha no tarol, Pururuca e Rapi no surdo, Mulambo e Juliette no bumbo, Bijo e Overlock nos pratos e, para reger esta confusão, o maestro Tchano.

Mas a Fanfalhaça vai além das performances que faz em parques, praças, escolas e eventos culturais. Segundo Cristiano Pena, diretor e ator, o grupo também faz pesquisa cênica. “Surgimos a partir de duas frentes de ação de investigação artística, que são necessárias enquanto formas de gerar oportunidade de trabalho e reflexão sobre as nossas atividades”, afirmou

Cristiano disse que esse tipo de pesquisa colabora para aprimorar o trabalho feito pelo grupo nas ruas. Prova disso é a receptividade do público. A estudante Iasmin Caetano aprovou a fanfarra inusitada. "É a primeira vez em que assisto a um espetáculo como esse que, para mim, transparece alegria, coisa que está faltando nos dias de hoje", disse.

por Adrean Nunes, Ana Luísa Reis e Juliana Melo
editor: Mateus Meireles

Moisés: o mineirinho que virou rei

De Rio Pomba, Zona da Mata de Minas Gerais, Moisés (foto acima: Naty Torres), um dos homenageados do “Circovolante – 3° Encontro de Palhaços”, sempre teve o sonho de se tornar um artista de circo.

Nascido em uma família simples, que vivia basicamente daquilo que plantava e colhia na roça, o jovem Moisés, com 21 anos, logo foi tentar a vida na cidade. Trabalhou como servente de pedreiro, vendedor, cobrador e padeiro - sempre usando a bicicleta a seu favor!

Foi em uma apresentação de um circo, nas cidades de Ipatinga e Coronel Fabriciano, que decidiu entrar de cabeça nessa arte. No início, apenas ajudava a montar e desmontar a lona, mas sempre demonstrou interesse especial pelo trabalho dos monociclistas. As manobras o encantavam. Como afirma o próprio Rei do Pedal: “Todo mundo usa bicicleta na rua, acaba sendo uma curiosidade ver uma coisa diferente sendo feita com ela!”.

Da geração mais antiga do núcleo de artistas circenses, Moisés, além de monociclista, hoje conta com uma bem sucedida empresa de locação de lonas e possui seu próprio circo. Passou por diversos desafios, desde entrar num globo da morte a atravessar o picadeiro sobre um cabo de aço a oito metros de altura. E sem sofrer nenhum acidente grave.

Conheceu Didi e Dedé quando se apresentava no Rio de Janeiro, iniciando uma amizade que lhe daria a oportunidade de atuar como dublê de Renato Aragão em diversos filmes dos Trapalhões.
Como reconhecimento de sua importância para o circo no Brasil, O Rei dos Pedais, que se apresentou pela primeira vez em Mariana, recebeu uma homenagem do Circovolante e do público, sábado (30), na Praça da Sé.

Para o palhaço Alegria, homenageado ano passado no Encontro de Palhaços, Moisés “representa o pai dos circos mineiros". "Moisés é sempre essa festa maravilhosa que vocês estão vendo", afirmou.
por Davi Machado e Adriel Campos
editora: Gersica Moraes

Piadas não envelhecem

Com brincadeiras e trapalhadas que remetiam à sua trajetória circense, piadas que equilibravam o duplo sentido e lembravam o estilo dos Trapalhões, Dedé Santana lotou o Teatro Sesi Mariana, com o Show do Dedé, na tarde do último sábado. O trapalhão foi acompanhado por seu companheiro de palco, Bub Razz.

Um vídeo contou a história de Dedé e dos Trapalhões antes de começar o show. Sob aplausos do público, que lotou o SESI, Dedé Santana foi chamado ao palco por Xisto Siman e deu início ao espetáculo que durou aproximadamente uma hora e meia.

Após uma série de piadas que levaram as crianças às gargalhadas e os adultos a uma viagem no tempo - já que várias delas remetiam aos números conhecidos dos Trapalhões - Dedé convidou ao palco Chameguinho, o Mexicano Maluco, que divertiu toda platéia. Entre outros números, o artista apresentou piadas e performances de dança, sempre sendo advertido pelo personagem de Bub Razz. Logo em seguida, fez comparações entre o pobre e o rico, provocando entusiasmadas gargalhadas na platéia.

No número final, Bub Razz iniciou uma brincadeira tradicional dos Trapalhões, o “pega-trouxa”. O primeiro a cair na "armação" foi João Pinheiro, do Circovolante, que intepretou um rapaz à procura de namorada. Depois foi a vez de Chameguinho e, em seguida, o grupo tentou o"pegar" Dedé na brincadeira que utilizava um balde d'água e um capacete para "pegar os trouxas". Não obtiveram sucesso. Por fim, tudo terminou numa grande confusão, com muita água, onde somente Dedé saiu sem se molhar.

Durante as apresentações, Dedé aproveitou para agradecer a presença do público, segundo ele, um dos mais hospitaleiros "até hoje". Após o espetáculo, Dedé divulgou a venda de seu livro "Dedé Santana - o Trapalhão de Deus" e de DVD's com seus shows, cuja renda obtida foi encaminhada para a família do ex-Trapalhão, Mussum.

por Bruna Christina, Flávia da Silva, Thainá Cunha
editora: Camila Dias

Dedé Santana é sempre uma surpresa

A noite de sábado (31) foi mágica para o público que foi à Praça da Sé. O espetáculo Surpresa, preparado pelo Circovolante para o 3º Encontro de Palhaços, teve como artista principal Dedé Santana. Os saudosos números e esquetes inéditos do artista garantiram a praça lotada por crianças e adultos de todas as idades. A alegria de poder estar tão perto do eterno trapalhão se traduziu em gargalhadas durante uma hora e meia de espetáculo.

Dedé agradeceu ao público e contou sobre o início de sua carreira, utilizando uma piada. “Falei: vou dar um grande salto, como um trapezista. Vou dar um salto, eu quero ir pro Rio, fazer cinema. Olhei para o lado, não vi minha mala, falei: Tô no Rio de Janeiro”. Suas histórias, no entanto, guardam uma trajetória de dificuldade e perseverança, ao longo de 75 anos de vida e palhaçadas.

O show teve a participação do parceiro de palco de Dedé, Bub Razz, o mexicano Chamego e João Pinheiro, do Circovolante, que levaram alegria e sorrisos a todos naquela noite.

Na plateia, gente de todo lugar. Diorgi Oliveira e Cristian Junior Elias, que vieram do Paraná, tiveram uma surpresa ao chegar em Mariana se deparar com o Encontro de Palhaços. Se sentiram realizados por encontrar um evento tão diferente dos eventos que acontecem em seu Estado. “Vamos chegar no Paraná e falar que vimos o Dedé frente a frente”, conta Cristian.

Num clima familiar, pais e filhos encontraram um espaço agradável para trocar experiências sobre a apresentação. É o caso da marianense Claudinéia, 35. “ A criança aprende e é um lazer para nós, adultos. Minha filha faz teatro e ela precisa perder a vergonha”. É o que Dedé ensinou com muito gosto dizendo: “Não desista você que quer ser um artista. Muitos milagres podem acontecer na sua vida”.

Como essas pessoas mostram, esse contato com a alegria, a arte e as cores pode mover muita gente, traçar caminhos novos e fortalecer uma corrente artística que é popular por excelência.

por Gerliani Mendes e José Medeiros
editor: Rafael Camara

Flores e aplausos ao Rei do Pedal

Nem a ameaça de São Pedro conseguiu espantar o encanto que invadiu a Praça da Sé neste sábado (30). Mariana parou às 17h30 para ver o “Cabaré” montado em homenageam a Moisés: O Rei do Pedal. Ele roda há anos, de Norte a Sul do Brasil, com suas apresentações em vários tipos de bicicletas e pela primeira vez veio a Mariana (foto acima: Naty Torres).

A palhaça grega Theano Vavatzianni – pela terceira vez na cidade - abriu a noite trazendo o público para o centro do espetáculo. Em seguida, foi a vez da "lenda do circo", o palhaço Alegria, 77 anos, encantar os marianenses com sua simpatia e descontração.

Com o público já conquistado, rendido pela mágica do circo, foi a vez do homenageado subir ao palco e apresentar sua arte. Ao ritmo do chorinho, Moisés dançava sobre suas bicicletas, deixando a plateia extasiada e encantada, a exemplo da educadora Aline Nogueira. “Me senti, por um momento, de volta à minha infância”, contou.

Após 40 minutos de apresentação, Moisés desceu de seu monociclo para receber flores das mãos do organizador do evento, Xisto Siman (foto à direita: Naty Torres), como reconhecimento de seu trabalho. Da plateia, merecidos aplausos.

por Thiago Novais e Davi Machado
editora: Gersica Moraes

Músicos empolgados e plateia afinada no show de Xisto Siman e Banda

A segunda noite (sexta, dia 29) do “Circovolante – 3° Encontro de Palhaços” terminou com o show de Xisto Siman e Banda. Numa apresentação empolgante, misturando músicas de autoria própria com versões de outros sucessos, o grupo fez uma apresentação extremamente interativa, conversando o tempo todo com a plateia. O grupo tem influências do rock e música brasileira , como o manguebeat, de Chico Science, um dos pontos altos da atração.

A banda é formada pelos músicos Paulo Santana (baixo), Marcelo Barbosa (violão), Henrique Fonseca (percussão) e Edson Zacarias (guitarra). Xisto Siman, vocalista da banda e um dos fundadores do Circovolante, vem desenvolvendo um trabalho autoral há sete anos, cinco deles na sua ex-banda Angu, Feijão e Couve.

O vocalista assina várias composições em parceria com Paulo Santana, com arranjos de Marcelo Barbosa. Segundo Xisto, sua empolgação vem muito do teatro. “Comecei a cantar profissionalmente 12 anos após trabalhar com teatro. Então, minha relação com o público acaba sendo diferente. Eu não consigo fazer show sem ficar olhando o público, (...) sempre olhando para os músicos. Acho que essa cumplicidade, essa coisa coletiva, veio do meu trabalho com o teatro”, comparou.

O público respondeu bem durante o show inteiro, formando rodas de ciranda várias vezes e cantando junto composições da própria banda, como a música “Pinga na BR”. Contudo, a reação mais empolgante veio quando a banda executou os sucessos de Chico Science e Nação Zumbi - “A Praieira” e “Manguetown” -, sobretudo no bis.

por Tácito Yuri Dutra Chimato
editora: Fádia Calandrini

Espaço Aberto traz artista internacional

No último sábado (30), foi realizado na Praça Gomes Freire (Jardim) o Espaço Aberto para Artistas dentro da programação do "Circovolante - 3° Encontro de Palhaços". A apresentação do evento foi realizada pelo Palhaço Furreca (foto à direita: Naty Torres) e contou com a participação de artistas e diferentes atrações, conquistando o público de todas as idades.

O Palhaço Arco-íris, vindo de Belo Horizonte, foi a primeira atração do Espaço, apresentando números lúdicos, juntamente com sua bolinha chamada Wesley. Em seguida, foi a vez da Cia Sinequanon, do Rio de Janeiro, com o Sr. Palhaço e Xarope, trazendo um clássico da palhaçaria com o número A Estátua. A terceira a se apresentar foi Sula Mavrudis, contadora de histórias tipicamente circenses. Ela chegou tocando sanfona e convidando o público a participar da música. Logo depois, a artista narrou a história escrita por Frei Betto, “A menina e o elefante” e contou com a ilustração de um Livro Gigante.

A atração seguinte foi feita pelo chileno Malandro, que realizou todo seu espetáculo no centro de uma roda, diferenciando-se das outras apresentações. Desta forma, houve uma maior participação do público, que interagia diretamente com o artista. Ao final do evento, o Sr. Palhaço retorna e realiza mais um número diferenciado para platéia, que mais uma vez se diverte com o humorista.

O Espaço Aberto para Artistas estava disponível àqueles que se interessaram em mostrar trabalhos ligados a arte do circo. A idéia foi oferecer uma oportunidade aos artistas que não estavam inseridos na programação do Encontro de Palhaços.


por Bruna Christina , Flávia da Silva, Thainá Cunha
editora: Camila Dias

Respeitáveis 5 mil acessos!

Na noite deste domingo (01/05), o blog Tribuna da Palhaçaria alcançou a marca de cinco mil acessos, desde 28 de abril, quando começou a cobertura jornalística do "Circovolante - 3º Encontro de Palhaços". Há menos de uma semana no ar, o blog agrega visitas de internautas do Brasil, Estados Unidos, e vários países da América Latina e da Europa. A recepção tem se consolidado pelos comentários nas matérias e interação do público receptor pelas redes sociais.

Agradecemos as visitas e fiquem de olho nas próximas postagens. A cobertura ainda não acabou!

sábado, 30 de abril de 2011

Grupo argentino dividirá palco com o público

Neste domingo (01), às 20h30, o grupo argentino "Circo VE – Variedades Escênicas" apresenta seu espetáculo Prismáticos, na Praça da Sé. Os artistas apresentam espetáculos vibrantes e um ritmo acelerado que envolve e mantém a plateia sempre viva e atuante. Além das palhaçadas, o público pode esperar muita música e acrobacias: marcas registradas da escola argentina de palhaços.

por Lucas Borges, Paula Bamberg e Thiago Lanza

Música e teatro encerram o fim de semana da palhaçada

Fechando o "Circovolante - 3º Encontro de Palhaços", Banda Osquindô, Conjunto Dangler e Xisto Siman se reunem no Encontro de Bandas neste domingo (01), às 21h30 na praça da Sé.

Assim como Xisto, a Banda Osquindô é bem conhecida pelo público local e carrega uma mistura de teatro e músicas infantis. Unindo-se com o Conjunto Dangler, os grupos prometem muita alegria e diversão para encerrar o final de semana.

por Lucas Borges, Paula Bamberg e Thiago Lanza

O "Circo Miko" vai à Praça

Neste domingo (01/05), a partir das 16h, a Praça Gomes Freire (Jardim) será o palco do espetáculo Circo Miko, da companhia El Individuo. A apresentação promete arrancar muitos aplausos da plateia com situações inusitadas, que vão de malabaristas que erram a mágicos que revelam seus truques. A Companhia de Circo-Teatro Itinerante El Individuo tem mais de dez anos de estrada, sendo que desde 2004 sua sede é em Belo Horizonte. O espetáculo Circo Miko foi criado em 2005.

por Daniel Santanna

Homenagem ao palhaço com Cia. Circunstância

Confira neste domingo (01/05), às 15h, na praça Gomes Freire, o divertido espetáculo O Pequeno Grande Encontro, do grupo Cia. Circunstância. Brincadeiras, surpresas e muita alegria serão a marca do espetáculo, que promove uma homenagem à figura do palhaço através de uma releitura dos números tradicionais do picadeiro. Durante 50 minutos, a Cia. Circunstância promete diversão para todas as idades por meio de estripulias e palhaçadas.

por Sarah Gonçalves Ferreira

Volta no tempo com o Coreto Musical

Para o último dia do "Circovolante- 3° Encontro de Palhaços", a dica é o Coreto Musical, programação especial da Rádio Coreto que vai apresentar uma seleção composta de sucessos dos anos 50 até a década de 80, além de músicas do palhaço Carequinha. A transmissão acontece domingo (01/05), a partir das 17hs, na Praça Gomes Freire (Jardim).

O Coreto Musical integra a programação da Rádio Coreto, que funciona todos os dias do evento, de 10h às 22h. Além de músicas, a programação oferece informações sobre os grupos, sobre o circo e os apoiadores e patrocinadores do evento.

por Daniela Julio

“Requebra de cá, requebra de lá, tá querendo balançar”

A noite de sexta-feira (29) foi embalada ao som de samba-rock, soul, eletro pop e maracatu com o DJ marianense Afrobool, que se apresentou no Coreto da Praça Gomes Freire (Jardim), a partir das 23h30. Ao som de sucessos como "Agamamou", e seu famoso refrão, “requebra de cá, requebra de lá, tá querendo balançar”, do grupo Art Popular, o DJ balançou a praça e agradou o público com seu set list.

Ao resgatar canções de artistas como Tim Maia, Chico Buarque e Jorge Ben Jor, o DJ esperava que parte do público rejeitasse seu som. “De 30% a 35% das pessoas vão começar a ouvir, mas vão embora. Vai ter gente esperando um funk carioca, mas o meu funk é outro, é James Brown, por isso, vou ver algumas caras fechadas", declarou Afrobool, aos risos, antes de sua apresentação. Entretanto, contrariando a expectativa do discotecário, o público recebeui positivamente a mistura de ritmos e estilos.

Ao observar o show, o professor Carlos Souza lembrou do seu passado. "Gosto da iniciativa em resgatar grandes músicas do passado. É a volta de uma cultura", afirmou. Já a estudante Fabiana Maia aproveitou a festa para aprender sobre os artistas lembrados por Afrobool. "Estou adorando este evento na praça, principalmente por causa das músicas que eu não conhecia", disse. O também estudante, Hugo Reis, confirmou o sucesso da iniciativa do DJ. ''Este evento é de extrema importância para jovens, pois eles têm a oportunidade de descobrir esta arte. Eu, por exemplo, curto sertanejo, mas estou gostando dessas músicas'', ressaltou.

A apresentação, que durou cerca de 1h30, ratificou a proposta inicial de Afrobool: proporcionar o (re)conhecimento de estilos esquecidos pela “indústria musical”, mas que continuam despertando sensações e curiosidades. "Acredito que ao tocar essas músicas, consigo protestar contra o atual mercado. Hoje em dia, as pessoas não cultivam mais o ato de ouvir música com atenção, se concentrando nela”, afirmou o DJ.

Quanto à sua participação em um evento de palhaços o DJ rebate: ''Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Science também provocam muito risos em seus públicos. Eles também são palhaços”.

Sucesso
E o Coreto Musical de domingo, 1° de maio, contou novamente com a participação do DJ Afrobool.

Este é o primeiro ano que o DJ Afrobool participa do Encontro de Palhaços. Para o Coreto Musical, o artista preparou um repertório originalmente de músicas nacionais, fazendo também uma mixagem que mescla samba rock com vertentes de soul music. O DJ sentiu-se tão satisfeito com o retorno do público na noite de sexta (29) que se ofereceu ao Circovolante para trabalhar novamente neste 3º Encontro de Palhaços. Sucesso garantido!

por Aniele Ávila, Geraldo Adriano e Patrícia Souza
editor: Filipe Barboza

Um palhaço de cara limpa

São 75 anos de trapalhadas. Assim tem sido a vida de Dedé Santana (foto: Naty Torres), artista que já nasceu nos picadeiros. Mas, diferentemente dos outros palhaços, ele faz graça de cara limpa. A comemoração do aniversário foi diferente esse ano, menos intimista, mais calorosa. O trapalhão deixou a família e se juntou ao seu respeitável público em Mariana, para comemorar mais um ano de vida durante o "Circovolante - 3º Encontro de Palhaços".

De família cigana, nascido em Niterói (RJ), em 29 de abril de 1936, Manfried Santana, mais conhecido como Dedé Santana, se transformou em um referencial da arte de levar alegria para as pessoas.

Após a experiência acumulada na carreira circense, se tornou o primeiro palhaço a fazer graça sem maquiagem. No teatro, aconteceu a descoberta como profissional para atuar na TV. Ao lado de Renato Aragão, deu origem a famosa dupla Didi e Dedé. Posteriormente, juntos de Mussum e Zacarias, formaram o quarteto “Os Trapalhões”, que foi o marco da carreira do comediante.

Para o futuro próximo, o humorista pretende estrear no filme “Meu pai é figurante”, que será gravado em Camboriú (SC), no qual fará um ator canastrão. Aquele que sempre provocou risadas no seu público, deseja finalizar sua carreira com alguma participação "séria" no cinema.

Para um dos organizadores do Encontro de Palhaços, o integrante do Circovolante João Pinheiro, Dedé “é um artista que faz o riso no Brasil e influencia muitas gerações." "Sua personalidade e posição no cenário humorístico no país contaram bastante para que ele fosse um dos convidados do ano no Encontro”.

O artista que já rodou 36 filmes, se entristece por nunca ter sido homenageado pelos vários festivais de cinemas brasileiros. Porém, o reconhecimento veio no "Circovolante - 3° Encontro de Palhaços". Dedé ficou lisonjeado, já que nunca tinha recebido uma homenagem tão grandiosa. “A melhor coisa que poderia ter me acontecido antes de morrer. É um orgulho muito grande", se emociona o eterno trapalhão.
por Lídia Silva, Luma Sabóia, Marcelo Nahime
editora: Maysa Souza

Um aniversário cheio de trapalhadas

"Respeitável público". Assim Dedé Santana agradeceu o carinho da plateia que foi homenageá-lo, na noite de sexta-feira (29), na Praça da Sé. O espetáculo especial, que durou cerca de duas horas, marcou o aniversário de 75 anos do humorista e contou com várias apresentações organizadas pelo Circovolante, que reuniu os palhaços participantes do Encontro.

Durante o evento, a plateia conferiu o trabalho de cada artista convidado a homenagear Dedé e interagiu com as trupes. A abertura foi da Cia Circunstância, de Belo Horizonte, que usou de mistério e curiosidade para atrair a atenção do público (vídeo abaixo).



Em seguida, foi a vez do Circovolante entreter os espectadores, que se surpreenderam com a entrada e constante participação das crianças Marina e Iolanda no decorrer da apresentação. Na sequência, o palhaço Pepe Nuñez iniciou seu número de maneira inusitada: ele surgiu no meio da plateia com um guarda-chuva que espirrava água e causou alvoroço e risos entre o público. Cia Lunática, Grupo Trampulim e palhaço Furreca também marcaram presença na homenagem, que contou com a "estreia" do palhacinho Francisco, de apenas 3 anos, filho de Furreca.

Dedé Santana subiu ao palco após as homenagens e divertiu o público com seu assessor, Bub Razz, relembrando os números dos Trapalhões. Depois de sua apresentação, o comediante foi surpreendido com um vídeo repleto de depoimentos de integrantes do "Circovolante - 3° Encontro de Palhaços". Para encerrar, a plateia e os artistas cantaram “Parabéns a você” e renderam mais homenagens ao aniversariante, Dedé Santana.

por Lídia Silva, Luma Sabóia, Marcelo Nahime
editora: Maysa Souza

Um homem, vários instrumentos e muita música

“Vocês estão prontos para o show? Então me sigam!”. Quem convoca os espectadores para o show é Maurolauropaulo (foto: Naty Torres), personagem do espetáculo Homem Banda, apresentado sexta-feira (29), na Praça Gomes Freire (Jardim).

Maurolauropaulo e sua “parafernália fisarmônica” animou a plateia durante aproximadamente 30 minutos, com músicas compostas por ele mesmo, que se atreveu até a improvisar uma canção sobre o Encontro de Palhaços. O artista, que toca diversos instrumentos de percussão, sopro e teclado, recebeu aplausos de crianças e adultos, garantindo que o seu chapéu estivesse cheio ao final do espetáculo com a contribuição dos que assistiram ao show.

Pela primeira vez em Mariana, Mauro Bruzza, que interpreta Maurolauropaulo, estava com ótimas expectativas para o evento. Ele foi convidado para o Encontro de Palhaços quando apresentava o Homem Banda no “Encontro Brasileiro de Teatro de Rua”, em Porto Alegre (RS).

Um número prático, solo e portátil, Homem Banda começou de um desejo do artista antes mesmo de entrar no teatro. Depois de muito treinamento de coordenação física, bateria e percussão corporal, Mauro chegou a um primeiro protótipo de “Homem Banda”, que, ele afirma, “está sempre em construção”.

O artista se apresenta em Porto Alegre todos os domingos no Brique da Redenção, trabalha com empresas, possui outros espetáculos na Cia. UmPédeDois, faz parcerias com outros grupos e sempre passa o chapéu em suas apresentações. Quando é pergutando se atualmente, no Brasil, é possível viver de circo, rapidamente arfirma: “Sim, com certeza!”.

Confira um trecho do espetáculo:



por Alícia Vieira, Fernanda de Paula e Edan Gomes
editora: Lorena Silva

Lições bem-humoradas de trânsito com o Palhaço Furreca

Na última sexta-feira (29), a Praça Gomes Freire (Jardim) ficou mais alegre com a presença do Palhaço Furreca e seu espetáculo O Carrinho, pela segunda vez no Encontro de Palhaços. A plateia, composta em grande parte por crianças de várias escolas de Mariana, coloriu e encantou ainda mais o show. A apresentação durou cerca de 50 minutos e arrancou muitas risadas dos espectadores.

Na apresentação, eis que por trás da multidão, o guarda de trânsito Furreca chega aplicando multas na plateia, surpreendendo a todos (foto à esquerda). O palhaço, com seu ar galanteador, se engraça com várias mulheres, além de entreter seu público com efeitos sonoros e encenação teatral sobre o cotidiano maluco do personagem. Apesar de alguns problemas no áudio, o espetáculo foi um sucesso e o Palhaço ainda deu às crianças algumas lições de respeito às leis de trânsito.

Eduardo Dias Romagnoli, ator e autor do espetáculo, afirma que os sons que são ouvidos durante a apresentação são um convite para levar as pessoas a usar a imaginação. Para criar esse número, Eduardo, que sempre tabalhou e gostou de música, fez uma pesquisa. Assim, percebeu a relação que a música poderia ter com o teatro e com o circo e dessa ideia surgiu O Carrinho.

A professora do 5º ano da Escola Estadual Gomes Freire, Maria Alice Miranda Walter, levou seus alunos pela primeira vez a um espetáculo do Encontro de Palhaços. “Achei muito divertido, o show foi ótimo e as crianças gostaram. Eventos culturais como esse são muito importantes e fazem parte da nossa cultura, além de enriquecer o nosso trabalho”, afirmou.

por Alícia Vieira, Fernanda de Paula e Edan Gomes
editora: Lorena Silva